sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ECONOMIZE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DA CORRETA ESCOLHA DA ILUMINAÇÃO NAS DECORAÇÕES NATALINAS

A publicidade e o marketing, elementos de grande influência em nossa sociedade, passam a mensagem aos consumidores de que as necessidades humanas são ilimitadas. Com efeito, vivenciamos uma era onde os desejos de consumo são insaciáveis, enquanto os recursos naturais disponíveis são finitos. Essa má utilização pelo homem dos elementos da natureza, com o objetivo da sobreviência, desenvolvimento e conforto da civilização, desencadeou uma preocupação com o futuro do meio ambiente do planeta, levantando-se questões de relevância mundial, como é o caso do consumo sustentável. A correta utilização da água e da energia elétrica e o destino do lixo representam alguns exemplos de temas que são objeto de estudo da sustentabilidade. Daí a necessidade de incutir no homem, desde a sua infância, a preocupação em consumir de maneira responsável. 

Visando colaborar com a educação e informação dos consumidores para um consumo responsável, publicarei no blog posts com os mais diversos temas sobre sustentabilidade, fazendo sempre uma conexão com situações práticas.

Tendo em vista a proximidade do Natal, o primeiro post tratará da economia de energia elétrica por meio da correta escolha da iluminação nas decorações natalinas.

Para tanto, contei com a ajuda de um profissional altamente qualificado no assunto, João Daniel Hazim*, que gentilmente me concedeu uma maravilhosa entrevista sobre o tema.


Não há época do ano mais bonita que a natalina! As pessoas ficam mais amistosas, a sensação de paz invade nossos corações, as ruas ficam mais coloridas e iluminadas. Sim, muito iluminadas. Seja no hemisfério norte ou no hemisfério sul um elemento fundamental nunca falta: a luz. Que graça tem o famoso pinheirinho natalino sem as suas luzes características? Como visitar Gramado ou Nova York e não se emocionar com suas famosas luzes de natal?




Imagem: morguefile.com
A famosa árvore de natal do Rockefeller Center em Nova York.

João Hazim* esclarece que "a iluminação passou a ter especial importância quando se percebeu a influência que ela poderia causar nos ambientes", sendo "identificada como uma ferramenta de auxílio à criação de cenários que indicassem os mais variados momentos". 



Imagem: morguefile.com
Torre Eiffel: cartão-postal de Paris, a cidade luz.

Indubitável, portanto, a importância da iluminação nas decorações de natal, uma vez que ela se reveste em fator essencial para a construção do clima natalino. Contudo, não podemos nos esquecer que as principais fontes de energia elétrica são limitadas, de modo que a utilização da iluminação deve ser racional e responsável, sempre levando em consideração os princípio do consumo sustentável.                                              


Essa necessidade de economia acarretou no desenvolvimento de novas tecnologias.   


Nesse sentido, João explica que "graças à popularização da iluminação, o consumo energético sobrecarregou nossas fontes de criação de energia. Especialistas concluíram que se continuássemos utilizando majoritariamente lâmpadas de filamento (incandescentes, halógenas e etc) não conseguiríamos atender a demanda necessária". Ele ressalta que "somente 7% da energia consumida por uma lâmpada incandescente é transformada em luz. Todos os outros 93% são transformados em calor, ou seja, trata-se de uma fonte pouco eficiente".


Justifica, a partir dessa situação, o desenvolvimento das lâmpadas fluorescentes, que são o segundo tipo mais conhecido de fonte de luz. "São lâmpadas feitas com vapor de mercúrio e baixa pressão. Essas são muito mais eficientes, visto que produzem maior fluxo luminoso por watt consumido. É uma lâmpada que vem substituindo aos poucos a incandescente, já que, alem do baixo consumo, pode ser encontrada em diversas temperaturas de cor e sua durabilidade é maior", ele relata. Ressalva, no entanto, que o descarte ainda é o seu grande problema: "existe somente uma fábrica no mundo capaz de fazer 100% do correto descarte de todos seus componentes, ou seja, de certa forma, trocamos seis por meia-dúzia".

Em decorrência desses problemas, novas tecnologias já estão em uso e em constante evolução. O caso mais atual é o LED. "Trata-se de uma fonte luminosa eletrônica, constituída por um diodo semicondutor que emite luz visível quando energizado. Antigamente a única opção de cor para os LEDS era vermelha e, por isso, seu uso era bastante limitado. Hoje em dia diversas outras possibilidades de cor já estão disponíveis e em potencias variadas – tudo isso com um baixíssimo consumo de energia. A partir disso, seu uso para iluminação passou a ser interessante", ensina João. Contudo, ele frisa que apesar de ser muito utilizada, essa tecnologia ainda tem muito a evoluir.

Quanto à utilização da iluminação nas decorações natalinas, João entende ser o LED uma grande oportunidade para economizar energia. Seguno ele, a tendência é que as tecnologias  baseadas no LED devem substituir de forma imediata os antigos modos de iluminação,  uma vez que "apesar de custar um pouco mais, são super eficientes, não esquentam (evitando possíveis queimaduras), consomem menos, tem cores mais vivas e duram muito mais".


Se você já comprou sua iluminação nataliana ou não possui condições financeiras para a troca imediata de tecnologia, siga alguma dicas fornecidas pelo João para a utilização das principais fontes de luz:


- Partindo do princípio de que as lâmpadas de filamento são pouco eficientes, não é interessante utilizar essas fontes de luz em ambientes que ficarão ligados por muito tempo. Nesses lugares, preferencialmente deve-se utilizar as lâmpadas fluorescentes. 

Em contrapartida, em ambientes onde a luz é ascendida e apagada com freqüência num curto espaço de tempo, recomenda-se o uso das lâmpadas de filamento, já que essa inconstância diminui as horas de vida da lâmpada fluorescente.

- Em ambientes que exigem concentração, é importantíssimo o uso de lâmpadas de cor fria/branca (6500K), já que as quentes/amareladas (2700K) remetem ao relaxamento. Como já sabemos, somente as fluorescentes tem variação de temperatura de cor, portanto, nesses lugares, nunca devemos utilizar lâmpadas de filamento.

Da mesma forma, em ambientes de relaxamento não é aconselhada a utilização de lâmpadas de cor fria. Nesse caso, pode-se optar por qualquer tipo de lâmpadas, de acordo com o tempo de utilização.

Desejando um natal com uma iluminação mais bonita, eficiente e segura, siga a sugestão de João: "sobre a iluminação natalina, abuse no uso do LED, mesmo que tenha que gastar um pouco mais".


*João Daniel Hazim é natural de Florianópolis e atualmente reside em São Paulo. É graduado em Administração de Empresas pela UDESC-ESAG e pós-graduado em Iluminação pelo IPOG. Possui MBA em Varejo de Bens e Serviços pela FIAPROVAR, Extensão em Varejo para Baixa Renda pela FGV-EAESP e Extensão de MBA em lojas pela Youngstown University de New York e pela Williamson College of Business Administration de Ohio. Trabalhou com varejo de Iluminação durante 7 anos e meio na loja Estação da Luz (www.estacaodaluz.com.br) em Florianópolis. Há 1 ano e meio trabalha com varejo de Home Center na Leroy Merlin em São Paulo.

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